A saudade do que não vivemos

Bom dia pessoal,
Nesse mês, dia 21, eu ganhei meu presente que pedi por todas as noites ao longo de 5 anos... Minha bonequinha, Maria Alice.
Tenho tentado não navegar por aquela "tristeza profunda", mas tem hora que é inevitável!
Antes mesmo dela ser concebida, eu tinha certeza que um dia eu seria mãe de uma bonequinha, guardei minhas bonecas para ela e ela nem chegou a brincar.
Pensei em todos os detalhes do quartinho, de roupinhas que iria combinar com os sapatinhos e lacinhos... e sua festa de 1 ano!
Como adoro "Alice no País das Maravilhas, os detalhes do quarto e do chá foram nesse tema e com certeza o aniversário também seria.
E como não se sentir triste ao pensar que isso não irá acontecer?
Que o máximo de contato que eu tenho com a minha filha hoje, são através de sonhos.
E sonhos esses que não acontecem quando eu mais estou triste e precisando vê-la , e sim quando temos permissão para nos encontrar no outro plano, através do desdobramento do sono.
Quantas vezes eu esperei por "cartinhas" dela em centros Kadercistas, palestras que fui e hoje sei que ainda não é o momento.
Já recebemos uma carta de um parente próximo dizendo que ela está bem, e que tudo aconteceu conforme foi planejado e acordado entre nós três (Eu, ela e o Marcos), e no começo fiquei muito chateada de ter aceito tudo isso e não me lembrar, pensei que eu nunca seria capaz e aceitar uma coisa dessas, perder um filho? imagina!
Hoje, não me vejo não sendo mãe desse anjo.
Hoje existe uma alma liberta, que eu ajudei a cumprir o resto de uma missão e que muito provavelmente é um amor de outras vidas.
E esse "Ser Maria Alice" me ensinou e vem me ensinando muitas coisas.
Sempre fui muito preocupada com o que pensavam de mim, queria agradar a todos que eu amo e hoje eu vejo que eu só devo fazer aquilo que me faz bem.
Me tornei mais fria com tudo isso, percebo que não há no mundo um amor maior do que o amor de mãe, principalmente "mãe de anjo".
Por que quando nos tornamos mães, pensamos que vamos amar aquele ser para sempre, e quando nos tornamos mães de anjo temos a real certeza de que esse amor é eterno, ultrapassa as barreiras físicas, galáticas e religiosas.
Sim, pq nosso conceito muda muito!
Sempre acreditei no espiritismo, mas quando ela partiu me apeguei muito mais...é uma janela muito maior onde obtivemos mais respostas sobre nossa filha, onde posso visitá-la quando nossos mentores nos encaminham e onde converso com Deus de uma maneira mais pessoal, com a certeza de que ela está nos braços dele e que mesmo de lá, em meio as "trocentas" coisas que ele deve fazer como "o Deus", ele está olhando por mim.
E é nessa certeza de que sigo em frente...
É dolorido, tem horas que eu quero morrer!
E não é da boca pra fora!
Mas eu penso que posso não encontrá-la, e a coisa que eu mais quero "pós essa vida" é abraçar a minha filha novamente!
Vou me fortalecendo na certeza de que Deus não desampara um filho, e ele tem cuidado de mim com muito amor.
E você  que está lendo, se é mãe de anjo também, se fortaleça nessa certeza, independente de religião... Deus é um só!

Comentários

  1. Sou muito feliz por ser madrinha desse anjo que nos abençoa e nos proteje todos os dias! A nossa missão na terra as vezes é dificil de entender, mas Deus só da missão importante a quem ele sabe que é capaz! Continue firme, estamos do seu lado sempre! Estou muito orgulhosa de você, parabéns!!! ❤

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